Largos do
Pelourinho, Museu de Arte da Bahia, Biblioteca Central, Sala King,
Walter da Silveira e Casa da Música estão entre os espaços que recebem
atividades
Realizado
pela primeira vez em Salvador, o Fórum Social Mundial teve início na
terça-feira (13), permanecendo com atividades como marchas,
conferências, palestras, shows e assembléias até sábado (17).
Integrando a programação do Governo do Estado, a Secretaria de Cultura
promove e apoia atividades do Fórum que ocorrem em seus espaços
culturais durante todo o período do evento. A programação, que acontece
em locais como no Pelourinho, Museu de Arte da Bahia,
Sala King e Casa da Música, dialoga com o tema do Fórum, “Resistir é
criar, resistir é transformar!”.
Música, diversidade e consciência –
A
programação do Pelô já começou na noite de terça-feira (13), com o show
do mais belo dos belos, o bloco afro Ilê Aiyê. Nesta quarta-feira (14),
a programação vai começar cedo, às 14h,
com o Sarau do CIRCUS, no Largo Quincas Berro d’Água. Mais tarde, às
18h, a banda Felixfônica, grupo de música autoral de Florianópolis,
mescla ritmos brasileiros samba, baião, frevo e maracatu.
Na
quinta-feira (15), o projeto “Figueira Negra – Narrativas através do
audiovisual”, apresenta as memórias e vivências da população negra de
Alvorada – RS,
transformando-as em um filme longa
metragem e três filmes curta metragem, que falam de como elas
participaram da construção sócio histórica da cidade, dando visibilidade
aos seus protagonismos. A exibição acontece às 14h, no Largo
Quincas Berro d’Água. O mesmo espaço entra no balanço do reggae, às
19h, com o show de Ras Mateus, cantor natural de Salvador que estará
presente com sua banda no evento. Encerrando a noite, às 21h, tem
apresentação da banda Caçamba Azul.
Na
sexta-feira (16), às 14h, o Grupo Botequim prove uma Oficina de Samba
Tradicional, tratando de aspectos históricos, composição, harmonia e
percussão. O evento será no Largo Quincas
Berro d’Água, onde também acontece, às 16h, o espetáculo do Coral
Cant@rt Performático e Percussivo. Com repertório construído basicamente
na história da criação dos povos até a atualidade, o coral mistura em
suas performances percussão, artes cênicas, dança
afro, capoeira e hip hop. Ainda neste palco, às 20h o grupo Elixir
Tafari traz para o FSM a sua música consciente afrocaribenha. Em
seguida, às 22h, o grupo de música popular brasileira Apuama resgata
composições de autores pouco conhecidos. Já no Largo Pedro
Archanjo, o Ilê Aiyê realiza mais uma apresentação no FSM, desta vez
tendo como convidados Geri Cunha, Bando do Velho Chico e Pedaço de Cada
Um.
No
último dia do FSM, sábado (17), o Projeto Mulher em Ação para o Bem
Estar promove, a partir das 8h, atividades de alongamento, boxe,
capoeira, além de workshop de maquiagem e
palestra. Realizado pelo grupo Capoeira Topázio, o evento será no Largo
Tereza Batista. À noite, às 20h, o Ilê Aiyê encerra no Largo Pedro
Archanjo a sua participação no FSM, seus últimos convidados serão o
grupo Bambeia e cantores de blocos afro. Já no Largo
Quincas Berro d’Água, a banda Africana traz o show Ori, que encerra às
21h o FSM. Induzido pela pujança dos tambores e a hipnose do agogô, o
show é marcado pela criação de atmosferas, nas quais imperam a devoção e
o respeito ao sobrenatural.
Os shows do Ilê Aiyê durante o Fórum terão ingressos vendidos a R$ 40 e R$ 20. As demais atividades no Pelourinho são gratuitas.
Conselho de cultura –
Durante
a programação do Fórum no Museu de Arte da Bahia (MAB), nesta
quarta-feira (14), acontece a posse dos novos membros do Conselho
Estadual de Cultura, recentemente escolhidos por
meio de eleições online promovidas pela SecultBA. A sessão, que tem
início às 14h, terá a presença da secretária de cultura Arany Santana, e
falas do presidente do CEC, Emílio Tapioca, e de outros membros do
Conselho.
Nos próximos
dias, os conselheiros ainda participam de debates no MAB, tratando de
questões como o Papel dos Conselhos de Cultura, no dia 15, Patrimônio em
Movimento e Povos e Comunidades Tradicionais
– Educação Anti Racista, no dia 16. Confira a programação completa do
CEC
aqui.
Homenagem a Abdias do Nascimento –
o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), do Rio de Janeiro, vem se juntar à Fundação
Cultural do Estado da Bahia (Funceb/SecultBA),
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Federal da Bahia
(UFBA) e Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) em ações
que terão como tema o genocídio da população negra e
o legado de Abdias Nascimento. A Funceb abrigará atividades na Sala King e Sala Walter da Silveira, abertas ao público.
Dentro do eixo temático “Vidas Negras Importam”, o
conjunto de atividades mistura arte, poesia e ativismo social e terá
como temas centrais o genocídio da população negra e o legado de Abdias
Nascimento. A programação conjunta estreia no Teatro Martim Gonçalves
(Escola de Teatro da UFBA), às 8h30 do dia 14
de março, aniversário natalício de Abdias Nascimento, com performance
poético-musical de Nelson Maca seguida de debate em torno da nova edição
do livro “O Genocídio do Negro Brasileiro”, publicado há 40 anos por
Abdias. Participam do debate os professores
Kabengele Munanga (UFRB), Marluce Macedo (UNEB), Samuel Vida (UFBA) e o
escritor Sandro Sussuarana (Sarau da Onça).
No dia seguinte, 15 de março, às 16h, a Sala Mestre King, localizada na sede da Funceb, no Pelourinho, será palco do Slam Abdias, com premiação do Troféu IPEAFRO Sankofa. Entre as atrações estão: DJ Bieta, Coletivo Boca Quente, Sarau da Onça, poeta Giovane Sobrevivente, Maestrina Elem e Banda Meninos da Rocinha do Pelô.
No último dia de atividades, em 16 de março, às 19h, a exibição do filme “Abdias Nascimento Memória Negra”, do cineasta baiano Antonio Olavo, será na Sala Walter da Silveira (Barris). A programação contempla, ainda, recitação poética com Milsoul Santos e artistas locais, além de conversa com o diretor do filme, o professor Kabengele Munanga e a viúva de Abdias Nascimento e autora da biografia, Elisa Larkin Nascimento.
Todas as atividades incluem sessão de autógrafos da nova edição do livro “O Genocídio do Negro Brasileiro” (IPEAFRO / Editora Perspectiva / Itaú Cultural, 2017) e da biografia ilustrada “Grandes Vultos que Honraram o Senado: Abdias Nascimento”, publicada pelo Senado Federal, bem como ações em apoio ao Quilombo Rio dos Macacos.
No dia seguinte, 15 de março, às 16h, a Sala Mestre King, localizada na sede da Funceb, no Pelourinho, será palco do Slam Abdias, com premiação do Troféu IPEAFRO Sankofa. Entre as atrações estão: DJ Bieta, Coletivo Boca Quente, Sarau da Onça, poeta Giovane Sobrevivente, Maestrina Elem e Banda Meninos da Rocinha do Pelô.
No último dia de atividades, em 16 de março, às 19h, a exibição do filme “Abdias Nascimento Memória Negra”, do cineasta baiano Antonio Olavo, será na Sala Walter da Silveira (Barris). A programação contempla, ainda, recitação poética com Milsoul Santos e artistas locais, além de conversa com o diretor do filme, o professor Kabengele Munanga e a viúva de Abdias Nascimento e autora da biografia, Elisa Larkin Nascimento.
Todas as atividades incluem sessão de autógrafos da nova edição do livro “O Genocídio do Negro Brasileiro” (IPEAFRO / Editora Perspectiva / Itaú Cultural, 2017) e da biografia ilustrada “Grandes Vultos que Honraram o Senado: Abdias Nascimento”, publicada pelo Senado Federal, bem como ações em apoio ao Quilombo Rio dos Macacos.
Espaços culturais –
A
Casa da Música, espaço cultural administrado pela SecultBA na Lagoa do
Abaeté, recebe atividades do FSM a partir desta quarta-feira (14). A
roda de conversa “Capoeira
e Resistência” terá início às 14h, reunindo mestres e mestras de
diferentes estilos. A partir das 16h, acontece a mesa “Itapuã,
Território da Ancestralidade”, na qual as Ganhadeiras de Itapuã convidam
personalidades ligados à história e a identidade de Itapuã
para uma conversa sobre a ancestralidade do bairro.
Na quinta-feira (15), com objetivo pedagógico de reconhecer a água como elemento catalisador da vida, acontece a “Oficina
Rios,
Praias e Lagos. A água depende de nós”, com Lavínia Bonsucesso, às 15h.
Mais tarde, às 16h, a “Oficina sobre combate à Intolerância Religiosa” é
uma atividade de capacitação sociopolítica
que tem como objetivo habilitar o público participante a compreender,
identificar e enfrentar o crime de intolerância religiosa, sobretudo no
contexto social e jurídico do Brasil. A oficina terá como ministros o
doutor em antropologia Ordep Serra, a Ialorixá
Mãe Jaciara dos Santos e o pastor Djalma Torres. O evento será mediado
pelo sociólogo Caetano Ignácio.
Na
sexta-feira (16) a “Oficina livre – Solidão Solidária”, do dramaturgo,
poeta e diretor Ivan Antonio fala sobre inclusão social através da
cultura da paz. O evento começa às 14h. A “Oficina Mulher,
resistência e Samba de Roda” terá início às 16h, com Verônica, do grupo
As Ganhadeiras de Itapuã. A roda de conversa consiste na vivência e
resistência da mulher sob o contexto do samba de roda, com foco na
experiência das Ganhadeiras. Também será realizado
uma oficina de dança introdutória ao samba de mar aberto, especialidade
do grupo
No sábado
(17), às 14h, a roda de conversa “Organizações comunitárias e lutas por
direitos e preservação da identidade e memória no espaço urbano” trata
sobre as diversas experiências de coletivos
comunitários que lutam por seus direitos e pela preservação de sua
memória e identidade nos espaços urbanos, em oposição às políticas de
“requalificação” sem diálogo com a comunidade e gentrificação desses
espaços. Em seguida, às 16h, entra em pauta a “Arte
Visual, Pedagogia Indígena através da Cultura Pataxó”.
O Espaço
Cultural Alagados, onde a programação começou na terça-feira (13), em
diálogo sobre o Território Sócio-Cultural e Economia Solidária, recebe
no sábado (17), às 9h e às 14h, apresentação
da moeda UMOJA e roda de conversa sobre a sua metodologia para
aproximar a economia solidária no território.
Urbis in Motus –
O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) estará presente no FSM com “Urbis in
Motus”, que será encenado em frente à Biblioteca Pública do Estado da
Bahia, nos Barris,
no dia 16 de março (sexta-feira), às 18h30. Interação de performance e
coreografia ao vivo, videomapping e intervenção urbana, a criação parte
de temas urgentes que resguardam a diversidade e mobilizam lutas de
minorias sociais: misoginia, racismo e LGBTfobia.
Exposição –
Em cartaz até sábado, a exposição fotográfica “A quem interessa o trabalho escravo? Os
Auditores-Fiscais do Trabalho combatem esse crime!”, é promovida pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAT) e fica disponível durante todo o Fórum, no Foyer
da Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB).As imagens foram captadas pela lente do Auditor-Fiscal do Trabalho e fotógrafo
Sérgio Carvalho. As fotos retratam em cores a vida cinza de trabalhadores reduzidos à condição análoga à escravidão.
Compõem a
mostra 32 fotos que retratam flagrantes de trabalhadores resgatados
durantes as ações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel em várias
regiões do país. Além das fotos, será instalada uma
cela que contém toda a linha do tempo da evolução do combate ao
trabalho escravo no Brasil. A cela simboliza a prisão a que são
submetidos os trabalhadores, ainda que não estejam presos a correntes.
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