Foto: Rafael Arbex.
Composta de curtas e longas, as sessões do projeto apoiado pelo Fundo de Cultura serão voltadas para jovens e adultos
Como eu me vejo NAS TELAS? Onde você se vê? O que você quer ver? São perguntas que norteiam a essência do CineClube Tela Preta, um projeto que inicia
28 de março no Centro Cultural Plataforma,
espaço administrado pela SecultBA, localizado no Subúrbio Ferroviário de
Salvador. Com sessões às 15h e 18h, o projeto visa promover a reflexão
do processo criativo do cinema negro
e a circulação das obras produzidas por sujeitos afrodescendentes.
O cineclube conta a exibição de dez sessões durante
o período de março a maio, havendo exibições seguidas de debate com
participação dos cineastas, possibilitando
um olhar para as obras sob outra perspectiva: a de quem produz e para
quem é produzido, abrindo o diálogo do processo criativo e do saber
cinematográfico das obras, bem como as narrativas e as questões que elas
suscitam perante a sociedade.
TELA PRETA –
O projeto é mais uma idealização do Coletivo de Cinema Negro Tela Preta, uma organização que pauta a representatividade negra no campo do cinema
e audiovisual, aprovado pelo Edital Setorial de Audiovisual - Desenvolvimento e Difusão do Fundo de Cultura, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, e produzido pela Rebento Filmes,
uma produtora de mulheres
negras. “Pensar cinema negro é literalmente romper a fronteira entre o
sujeito que filma e quem é filmado”, reitera a cineasta Larissa Fulana
de Tal, que ressalta a importância de refletirmos as relações cotidianas
sobre o efeito do que passa nas telas e como
esse olhar crítico está sendo construído. “A relação em como os outros
nos vêem já sabemos, está no cinema, na tv, na propaganda, na rua. É
estereótipo, e esta é uma palavra que reduz e sintetiza muito como os
outros nos vêem, mas como a gente se vê? É uma
pergunta que impulsiona, pois possibilita novas narrativas, novos
olhares, uma nova estética, novas linguagens direcionadas a este
espelho da auto representação”, destaca.
Rodas de Conversas - Os encontros contarão com quatro rodas de conversa: "Fotografia
Negra” que refletirá sobre fotografia em pele negra; “Políticas Afirmativas”, que falará das políticas públicas no campo do cinema; “Circulou”, discorrendo sobre a criação de espaços circulação dos filmes;
e por fim, "Cineclubismo”, mesa especial que homenageará o cineclubista baiano, Luís Orlando.
Sessões – As exibições serão gratuitas e sempre haverá debate com as/os realizadoras/os.
A abertura contará com o longa Maestrina da Favela (2017),
direção da norte americana Falani Spivey, e a presença da equipe, tais
como Iris Oliveira, Urânia Muzanzu e Rosana Chagas e da personagem, Elem
Maestrina. No total, são mais
de vinte filmes que serão exibidos. Mais informações na fanpage @TelaPreta.
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA)
– Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total
ou parcialmente, projetos estritamente culturais de
iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou
privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são,
preferencialmente,
aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo
apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à
iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de
apoio, modelo de referência para outros estados da
federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem
fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizad os;
Mobilidade Artística e Cultural e
Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br
SERVIÇO:
CINECLUBE TELA PRETA
Dez sessões de cinema negro com debate e rodas de conversa
Quando: De 28 de Março
a 11 de Maio – sessões às 15h e 18h
Onde: Centro
Cultural Plataforma
Gratuito
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