Os cinco primeiros dias da programação trouxeram variadas intervenções artisticas com apoio do Fundo de Cultura. Próxima etapa
acontece em Ilhéus.
A
primeira semana do VI Festival de Dança Itacaré agitou o município
entre os dias 13 e 17 de setembro, com apresentações de dança, oficinas,
intervenções artísticas e rodas de conversas. O evento é uma realização
da Casa Ver Arte e Comunidade Tia Marita, com apoio financeiro do
Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e
Secretaria de Cultura da Bahia.
A programação contou na abertura com apresentação do Balé do Teatro Castro Alves, com os espetáculos
Dan e Generxs, no Centro Cultural Porto de Trás. As atividades aconteceram também no Estúdio Armondes, onde foi exibido o documentário
Raimundos: Mestre King e as Figuras Masculinas da Dança na Bahia, dirigido por Bruno de Jesus, mostrando o legado deixado pelo precursor da dança afro na Bahia e no Brasil.
Nem
a forte chuva com rajadas de vento da noite de quinta (14), diminuiu o
brilho da programação, que teve casa lotada já no segundo dia.
Dançarinos
anfitriões do Núcleo da Tribo abriram as atividades no Centro Cultural
com o espetáculo
Toque de Guerra, emocionando a plateia. Com criação e direção de
Verusya Correia e participação dos interpretes-criadores Aristides
Xixito, Jamerson Santos, Miquiba Cruz, ValmilsonPericles Nascimento, a
montagem denomina-se uma manifestação pela vida
coletiva. Em seguida, o palco foi ocupado pelo espetáculo Nosso Lindo Balão Azul,
da companhia Entretantas Conexão em Dança, de Curitiba, com criação e
performance de GladisTridapalli, Ludmila Veloso, Mabile Borsatto e
Raquel Bombieri. O trabalho
se explica como uma brincadeira assumida com as noções de coreografia,
ora dança com passos exatos na música, ora perde o compasso, e usa da
repetição para transformar sua própria fisicalidade, seu próprio design.
Na manhã da sexta-feira (15), o artista e gestor cultural Jacson Santos mediou a conversa
Políticas Públicas para a Dança, no Estúdio Armondes, com a
participação de dançarinos e agentes culturais. Após relatar sua ampla
experiência nos colegiados e instituições desse setor, ele compartilhou
conhecimentos sobre a Lei Orgânica da Cultura da
Bahia – Nº 12.365, de 30 de novembro de 2011 – e incentivou ações para o
fortalecimento da cultura municipal.
A sexta edição do Festival prosseguiu no sábado (16), quando o palco da dança foi ocupado pelas apresentações dos espetáculos
Mulata, da bailarina Wilemara Barros (Cia Dita), Solo Hibridus e Sentença, do grupo Misturarte, no Centro Cultural. No encerramento da etapa de Itacaré, domingo (17), o roteiro começou com a
conversa Vivendo de Arte: Circuitos e Estratégias, dirigida por Felipe Assis, no Estúdio Armondes, e terminou com encenações do solo
Pele de Foca, da bailarina Melissa Figueiredo e do espetáculo Entrelinhas, do grupo Ponto Art.
Ilhéus – Nesta sexta (22) e sábado (23), a produção do Festival
de Dança Itacaré desloca-se para Ilhéus, onde apresentam o solo Mulata, da Cia Dita e o espetáculo
ISTC, solo da bailarina Isaura Tupiniquim, dia 22 às 19 e 20
horas, no Teatro Municipal de Ilhéus. No sábado (23), o escritor e
diretor de teatro, Pawlo Cidade, ministra oficina sobre
Produção Cultural, 10 horas, na Academia de Letras. O último dia do festival será marcado pelas montagens
O Crivo, do grupo Ateliê do Gesto e Da Própria Pele não há quem Fuja, encenada por ExperimentandoNus Cia. de Dança, também às 19 e 20 horas, no Teatro Municipal.
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA)
– Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente,
projetos estritamente culturais de
iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou
privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são,
preferencialmente, aqueles que
apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo
mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à
iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de
apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações
Continuadas de Instituições Culturais sem
fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizad os;
Mobilidade Artística e Cultural e
Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br
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